Os princípios do tantra

Conheça os principais pilares, princípios, fundamentos que norteiam os ensinamentos do Tantra em todas as abordagens:

1 - O SENSO DE AUTORRESPONSABILIDADE

Assumir a responsabilidade para com você mesmo e para com as suas emoções e sentimentos.

Ninguém é responsável pelo que você sente ou deixa de sentir, por isso cada um reage à sua maneira. As pessoas nos constelam, nos ativam, e facilitam a nossa experiência nesta realidade, mas a responsabilidade do que se sente é de cada um. Ninguém faz ninguém feliz, ninguém é responsável pela tristeza de ninguém.

Quando reconhecemos o outro como facilitador, também aceitamos a influência que cada um ao nosso redor tem em nosso estado de espírito.

Faz parte do desenvolvimento da consciência pelo Tantra desenvolver uma relação saudável com sua responsabilidade, reconhecendo a força dos gatilhos ao redor bem como a soberania de cada um em interpretar cada ativação da melhor maneira.

2 - A CONSCIÊNCIA DE REALIDADE E O NÃO JULGAMENTO

A linguagem é um recurso mental que procura traduzir aspectos da realidade que filtramos o tempo todo. É natural que o caminho meditativo do Tantra nos ajude a desconstruir julgamentos e preconceitos, não porque julgamentos são ruins - o que seria outro julgamento - mas simplesmente porque julgamentos não funcionam, não esclarecem a mente e reduzem a parcela da realidade que pode ser absorvida.

É uma interpretação muitas vezes feita de maneira inconsciente baseada nos padrões energéticos, emocionais e sentimentais.

Quando alinhamos a nossa linguagem com a realidade crua, além das interpretações subjetivas que acontecem quase que instantaneamente quando nos sentimos frustrados, fica mais fácil tomar responsabilidade pelos nossos atos.

As nossas experiências de vida aliadas às nossas interpretações e julgamentos são capazes de transformar as nossas observações em avaliações de maneira inconsciente, e com isso distorcer a realidade.

3 - O RESPEITO A LIBERDADE

Você nunca será livre enquanto não aceitar que todos os seres sejam livres como são. Acolher a liberdade do outro!

É necessário transformar as nossas demandas em solicitações e não em imposições. O olhar direcionado ao externo, ao outro, criou padrões de relacionamento humanos norteados pelo esforço, tentativa e expectativa de mudarmos aspectos na natureza uns dos outros, entre eles: restringir a vida social, a liberdade de comunicação, exigir a transformação de vícios e comportamentos indesejados.

4 - O HUMANISMO

Cada ser humano tem o potencial em si de atingir qualquer nível de complexidade e desenvolver-se de milhares de maneiras, sem que necessariamente sequer exista a necessidade disso. Todos estamos prontos e perfeitos à nossa maneira e cada qual em seu processo de desenvolvimento.

Evitar a desumanização: selecionamos um aspecto de uma pessoa para representar sua totalidade, estamos contribuindo para que essa realidade se estabeleça, e desta forma reduzimos o potencial humano que existe no outro e em cada um de nós.

5 - O CULTO E O RESPEITO PARA COM O FEMININO

A maioria dos textos tântricos coloca a mulher, e toda a manifestação da energia feminina, em posição de evidência e força.

É comum encontrarmos o princípio masculino representado como a consciência, e o feminino representado pela energia.

Em algumas linhagens tântricas as iniciações eram feitas somente por mulheres. Sendo o Tantra uma filosofia que trabalha a energia sutil do corpo, sua bioeletricidade, fica fácil entender o porque dessa posição de evidência feminina.

Vale destacar que o corpo das mulheres tem muito mais força e predisposição biológica para sustentar níveis mais intensos de energia. As mulheres são capazes de gerar a vida em seus corpos, de passar por explosões orgásticas sem deixar a energia se esvair do corpo, de enfrentar ciclos de renovação muito mais intensos que o homem.

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